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Gargalos na vacinação contra o Covid-19
No início de 2021, a corrida global entre os países para vacinar a população e acabar com a pandemia marca esse ponto.
Israel, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, China, Rússia, Itália e Canadá são alguns dos países que começaram a imunizar suas populações. Algumas metas são ambiciosas. Israel espera ser o primeiro país a acabar com a Covid-19 por meio da vacinação. O governo britânico aprovou três vacinas contra a doença e anunciou neste fim de semana que sua meta é vacinar toda a população adulta até meados de setembro.
No entanto, garantir a imunização da população não significa apenas garantir a compra de doses de vacinas aprovadas pelas autoridades sanitárias, como Oxford-AstraZeneca, Pfizer-BioTech e Moderna, e outras marcas.
Os funcionários do governo estão enfrentando problemas logísticos para conseguir a vacinação em massa em um curto período de tempo. Confira abaixo alguns dos gargalos logísticos existentes nesse caso.
- FRASCOS
Uma das primeiras questões a considerar é a falta de frascos de vidro para vacinas.
As doses precisam passar por um procedimento chamado “fill and finish” — de preenchimento dos frascos e empacotamento final — até que sejam enviadas aos hospitais e postos de vacinação. As empresas farmacêuticas que produzem vacinas geralmente não têm capacidade para cuidar dessa etapa, por isso contratam empresas terceirizadas.
Uma dessas redes, a Filled Manufacturing Network (FFMN), tem capacidade para completar 117 milhões de doses em 12 semanas. No entanto, nem todos os países contam com essa possibilidade. Para complicar ainda mais a situação, as autoridades alertaram que as garrafas não têm vidro e que as mesmas são a matéria-prima da indústria.
A British Glass, uma associação de empresas britânicas de produção de vidro, reconheceu o problema e disse que está procurando uma solução de “longo prazo” para garantir o fornecimento de vidro para frascos de vacinas.
Desde o início da pandemia, a Schott, maior produtora de vidro de borosilicato (matéria-prima da garrafa) vem aumentando a produção, mesmo sem vacina. A empresa alemã abriu outra fábrica na China no mês passado para atender à demanda global por seus produtos, que devem ser usados em 75% das vacinas mistas do mundo.
- VACINADORES
Para alguns países, o problema é a falta de capacidade das pessoas para vacinar, isso porque uma série de obstáculos burocráticos impedem que muitas pessoas participem voluntariamente.
O sistema nacional de saúde exige a implementação de uma série de documentos e muitos cursos online para que uma pessoa possa ajudar na vacinação. Os requisitos incluem aulas sobre como lidar com o radicalismo ideológico e como proteger as crianças, que não receberão a vacina para simbiose.
Vários países, como Alemanha, Itália, Reino Unido e Israel, enfrentam outro problema: a vacinação em um momento em que o número de hospitalizações aumenta acentuadamente. As autoridades têm que mobilizar mais recursos e profissionais para lidar com os pacientes com Covid – 19, incluindo o cancelamento de alguns procedimentos não emergenciais.
- SERINGAS
O governo também está trabalhando muito para garantir o fornecimento de seringas, como é o caso do Brasil. Após o fracasso do leilão no mês passado, o País zerou o imposto de importação do item e atualmente está lutando com as produtoras.
Segundo relatos, outros países com número insuficiente de seringas são Coréia do Sul, Itália e Grécia. Na semana passada, houve um novo problema envolvendo o produto. As instituições médicas europeias alertaram que muitos países usaram a seringa errada para a vacinação. Eles tomaram apenas cinco doses dos frascos da Pfizer e perderam outras seis doses. A agência também alertou que a vacina restante no frasco não deve ser combinada para formar uma nova dose completa.
O New York Times informou que as autoridades americanas ainda não compraram a seringa correta, o que aumentaria as doses disponíveis para sua população em 20%.
Referência BBC